sábado, 7 de maio de 2011

Valente: APAEB vira matéria no Programa Ação da Rede Globo


Conforme anunciado aqui neste Noticiário no mês passado de que a APAEB de Valente seria assunto no programa Ação, apresentado por Serginho Groisman, a reportagem foi veiculada às 7h deste sábado (7), onde destacou o trabalho social e de geração de emprego e renda realizados pela associação.

Para manter as famílias no campo também é preciso ter alternativas de renda. A Apaeb, Associação de Desenvolvimento Sustentável e Solidário da Região Sisaleira, montou um projeto de economia solidária com as mulheres e os pequenos produtores.

O município de Valente tem cerca de 25 mil habitantes. Em três décadas, a vida dos moradores melhorou bastante.
“No Índice de Desenvolvimento Humano, nas dez cidades da região, nós estávamos em 10º lugar. Em todos os aspectos. Depois do trabalho da Apaeb, a gente conseguiu liderar isso”, explica Nelilton Ezequias de Oliveira, diretor presidente da Apaeb.
Há quatro anos, foi criada a Fundação Apaeb, que administra os projetos sociais da associação.
“Além da assistência técnica, ela tem o objetivo de desenvolver as questões de comunicação e culturais da nossa região, do nosso município e demais da sua área de atuação”, esclarece Maria Rita Silva, diretora geral da Fundação Apaeb.
A rádio comunitária Valente FM está no ar há 13 anos.
O sisal ainda é o carro-chefe de Valente, mas outras atividades ganham força na região. A criação de cabras é a segunda mais importante. Com o apoio dos pequenos proprietários, a Apaeb montou um laticínio.
“A gente trabalha com leite pasteurizado, queijo, doce e iogurte. A Apaeb começou a incentivar a criação de cabras por ser um animal mais fácil de lidar e por ser de pequenas áreas. Então, o produtor consegue alimentar e ser uma criatividade mais rentável pra ele. Nós vimos que os produtores conseguiram permanecer na propriedade, melhor, produzindo mais, com melhor condição de vida e bem remunerado. Nós temos produtores que durante o mês chegam a receber cerca de R$ 2,5 mil a R$ 2,8 mil”, explica Gerlândio De Araújo Lima, gerente de projetos produtivos da Apaeb.
Com os cursos da Apaeb, os produtores aprenderam a diversificar a cultura e a gerar renda, o que diminuiu o êxodo rural.
A florada do sisal atrai as abelhas. A produção de mel é outra fonte de renda para as famílias.
"A nossa região, na verdade, tem uma diversidade muito grande de plantas melíferas. Em uma caixa ele pode alcançar até sete ou oito litros. Então, em cada caixa ele tem numa faixa de R$ 70 a R$ 80 e a manutenção é muito barata. Então, depois que ele implementa a atividade, o processo de manutenção é bem barato. Então, fica bem rentável”, avalia Elídio Ferreira Oliveira, gerente da casa do mel.
Na região, o artesanato é outra utilidade para a fibra do sisal. “A gente começou brincando e de brincadeira foi essa que virou verdade. O pessoal do curso falou que a gente ia ter mais uma renda familiar através desse trabalho. A gente achava tão simples que a gente não acreditava”, diz a artesã Paulina Ferreira De Oliveira.
“A gente continua acreditando que o sertão tem tudo que se precisa. Se faltar, a gente inventa. A gente tem que parar de reclamar. A gente tem que parar de reclamar da chuva ou do sol, reclamar de Deus ou dos políticos. Vamos fazer nossa parte bem e aí sim cobrar dos políticos que façam a sua. Cobrar das pessoas da comunidade que façam também a sua, mas para isso temos primeiro que dar nosso exemplo. É isso que a Apaeb tem feito nesses 30 anos”, conclui Ismael Ferreira de Oliveira, presidente executivo da Apaeb.

Fonte: Globo.com/ação