A rebelião no Conjunto Penal de Serrinha acabou no fim da tarde desta sexta-feira, 21, após a invasão do presídio e controle dos presos pelo Batalhão de Polícia de Choque. O balanço oficial da rebelião é de uma pessoa morta e três feridos.
O pavilhão C ficou totalmente destruído. Com isso, os 121 detentos que permanecem na penitenciária serão divididos entre os batalhões A e B. Segundo o major Julio César Ferreira, será aberta uma sindicância pela superintendência do conjunto penal, paralela à investigação da Polícia Civil, para descobrir quem são, de fato, os líderes do movimento.
A rebelião - O movimento dos detentos é chamado por eles de "Comando do Belo" em referência a Edvaldo Castro do Nascimento, apontado como líder da rebelião. Ele está preso há quatro anos no local cumprindo pena de 22 anos por latrocínio.
O major César Bonfim disse que os presos destruíram as câmeras e fecharam os portões do complexo com colchões. Segundo ele, além de Edvaldo foram identificados outros oito internos que estariam comandando a rebelião. Caso a participação deles seja confirmada, eles vão responder por dano ao patrimônio, cárcere privado, tortura, além de homicídio e lesão corporal em caso de mortos e feridos.
A negociação é comandada pelo major Júlio Ferreira, que representa a Superintendência de Gestão Prisional ligada a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), além do tenente-coronel Vítor da 16ª CIPM, do coronel Fonseca do Pelotão de Choque e do major Marcos Aurélio.
A juíza da Vara Crime, Maria Angélica Carneiro, a promotora Núbia Rolim dos Santos, a defensora Elaine Moura Pimentel e os delegados de Serrinha, Daniel Tuy, e de Araci, Ana Carina Guerra, acompanharam as negociações do lado de fora do presídio.
O Complexo conta com 460 presos, sendo que a capacidade é para 476 internos.
Fonte: Atarde