Uma pesquisa realizada por cientistas revela que ler poesia trabalha mais o desenvolvimento do cérebro do que livros de autoajuda. Eles disseram que ler obras clássicas estimula a mente e ler poesias pode ter um resultado mais eficaz do que livros de autoajuda. Essa utilidade a mais se dá pelo fato do cérebro se concentrar em palavras mais rebuscadas, termos incomuns, o que difere de conteúdos do dia a dia, em que ele não é estimulado e não causa reações.
Além de livros, ouvir músicas clássicas também trabalha o lado da metade do cérebro. Na realidade, o controle neuronal é invertido. Sendo assim, destros são controlados pelo lado esquerdo do cérebro. O lado direito passa a ser o responsável pelo emocional, em que envolve artes e a imaginação do indivíduo.
Beneficiando-nos nisso, num lugar não muito distante daqui, na cidade maravilhosa – RJ, em março de 1992, nasceu Marcos de Sousa. Filho de mineiros, passou parte de sua infância no interior de Minas Gerais. Tornou-se escritor de “gaveta” e foi desenvolvendo o gosto pelo simples e belo. Aos 18 anos, venceu o seu primeiro curso literário, Concurso Nacional Estudantil de Crônicas e Poesias Meu Pé de Laranja Lima, brotando assim o anseio de ser reconhecido pelo mundo. No ano seguinte, iniciou o curso de Letras português/Literatura e em 2012 lançou seu livro de estreia: “Coração de Vidro”.
Antes do resultado dos cientistas, Marcos lançou seu olhar apreciador para a arte do cérebro: a poesia. Para os pessimistas, a poesia morreu com Drummond, Quintana e outros. Já para os otimistas e realistas, ela continua viva e vibrante. Embora tímida, em corações brasileiros, a poesia não morreu, todo homem é feito dela. Marcos de Sousa, em seu livro de estreia, mostra que o mundo mágico dos versos ainda é tangível, pode ser alcançado, basta desejar. A poesia simples, a profunda, da mais modernista até a mais parnasiana, tudo encontramos neste livro. “Coração de Vidro” é mais que uma antologia poética, é um chamado para a vida. É a trajetória do coração despedaçado, arruinado até a plenitude, por ser tocado pelo amor. É um romance em versos, podemos assim colocar. É a prova viva que a poesia se faz presente em cada ser. Este não é o tipo de livro para se guardar na cabeceira, mas para se levar na bolsa. É acalento para todo momento, um canto de vida em meio a esse mundo de morte e dores. É a prova que ainda existe coração, ainda existe esperança.
Mais do que uma lição sobre os desastres da vida, sobre as dores, as perdas, a obra, além de tocar-nos a alma, é uma arte para nosso cérebro. Um exercício para o desenvolvimento dele e de nosso emocional, até porque, mais do que um daqueles livros de autoajuda, ele instrui-nos no que é obscuro e orienta-nos como agir por amor e na hora da dor.
“Coração de Vidro” é a prova que o impossível pode tornar-se real; é a realidade que pode tornar-se encantadora, não apenas para quem vive, mas para quem observa. Afinal, como o próprio autor declara:
“Se nos charcos pode nascer uma rosa
Ou um lírio, quem sabe,
Não pode nascer um coração de diamante
Dos destroços de um coração de vidro?”
“Se nos charcos pode nascer uma rosa
Ou um lírio, quem sabe,
Não pode nascer um coração de diamante
Dos destroços de um coração de vidro?”
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Por Natalia Araújo