Candidatos das cidades com pior IDH da Bahia preveem gastos milionários, Araci é uma delas

Para chegar ao poder, sete candidatos das cidades menos desenvolvidas da Bahia estimaram gastos dignos de uma campanha nas maiores cidades baianas. Em Araci, a prefeita Maria Edneide Torres Silva Pinho (PSD) pretende gastar R$ 1,7 milhão na disputa pela reeleição no município de 51,2 mil habitantes. O valor é R$ 200 mil a mais do que foi previsto pelo seu único concorrente, o fisioterapeuta Antônio Carvalho da Silva Neto (PDT).

Segundo o Correio ambos planejaram desembolsar mais do que o prefeito de Feira de Santana, Tarcízio Pimenta (PDT), que previu gastos de R$ 1,2 milhão. Com a diferença de que a população de Feira é dez vezes maior que a de Araci. E, para completar, tem fatores que encarecem uma campanha, como os custos com a produção de propaganda na TV e no rádio.

“Existem urgências aqui, com as quais esse dinheiro poderia ser gasto”, opina o vendedor Antonio Brito, morador de Araci há 36 anos. Para Brito, a educação é a maior necessidade do município, onde apenas três escolas públicas têm ensino médio e nenhuma delas é municipal.

Coordenadora de uma escola particular de Araci, Manuela Teixeira acredita que a grana da campanha seria melhor investida se aplicada na formação dos professores municipais. “Se esse dinheiro fosse empregado na saúde ou na educação seria insignificante, mas para uma campanha é alto”, avalia.

Tem razão: De acordo com o portal da prefeitura, de janeiro a junho de 2012, os gastos em saúde e educação somaram R$ 6,4 milhões e R$ 18,1 milhões, respectivamente.

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Da Redação