“Por ter um número de população menor e a estrutura de trabalho aqui em
Araci ser mais condizente, isso me fez optar para trabalhar aqui”, disse
a Delegada de Polícia Dr. Maria Clécia Vasconcelos. A delegada que veio
da cidade de Serrinha garante que o mundo do crime em Araci é grande,
mas o trabalho em conjunto com a população e o poder municipal vai
facilitar nas ações de combate ao crime.
A delegada afirma que o crime hoje em Araci está relacionado a
jovens, adolescentes e crianças. “Pelo o que pude observar nesse pequeno
período de trabalho é que há uma predominância do crime envolvendo
jovens, adolescentes e crianças seja como vítimas ou atores”. Para ela, a
condição do jovem e da criança, apesar de ter o conselho tutelar e todo
aparato atuante por parte do poder municipal, é preciso dar muita
atenção a questão da pedofilia, da vulnerabilidade ao uso da droga.
Dentro desse contexto é preciso apontar os pontos críticos e levantar o
que deve ser feito, até por qualquer ação policial deve ser repousado no
aspecto social.
Outra questão que facilita o trabalho da polícia, segundo a delegada,
e o compromisso da administração do município com o trabalho da
polícia. “Araci tem um diferencial, porque os policiais trabalham
sabendo que tem alimentação. Problema com deslocamento com a viatura não
temos porque não falta combustível”, a firma Doutora Clécia que
ressalta, “geralmente as delegacias tem mau cheiro, uma coisa que aqui
não tem porque existe pessoal de limpeza cedido pela prefeitura, então
essa boa parceria resulta numa melhor atuação”. Conclui.
A delegada pede ainda a colaboração da população em denunciar e
ajudar a polícia chegar até os criminosos. Outra questão levantada pela
delegada é que o crime da violência doméstica vai ser mais explorado,
pela autoridade policial ser uma mulher, as mulheres vítimas ficarão
mais a vontade para denunciar. Doutra Clécia chamam atenção dos pais e
pede que eles sejam mais vigilantes e tenha atenção redobrada aos
filhos, principalmente as crianças por questão da pedofilia e aos
adolescentes e jovens por nesta faze estarem mais vulneráveis as drogas.
Fonte: Portal Folha